domingo, 11 de setembro de 2011

Radicais da Somália exploram famintos em fuga para o Quênia


Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
Dez anos após o 11 de Setembro, a guerra ao terror não dá sinais de perder força, pelo menos no Chifre da África. O grupo extremista Al-Shabaab, financiado pela Al-Qaeda, deixou o centro de Mogadíscio nas últimas semanas, mas grande parte da Somália segue na mão de extremistas. Enquanto milícias infiltram extremistas até mesmo em campos de refugiados controlados pela ONU, governos tentam evitar um conflito regional.
Desastre humanitário. Somalis rezam em cerimônia no campo de refugiados de Dadaab, um dos maiores do mundo, que abriga cerca de 440 mil pessoas, no norte do Quênia - Jonathan Ernst/Reuters–30/8/2011
Jonathan Ernst/Reuters–30/8/2011
Desastre humanitário. Somalis rezam em cerimônia no campo de refugiados de Dadaab, um dos maiores do mundo, que abriga cerca de 440 mil pessoas, no norte do Quênia
O Estado visitou o sul da Somália, nova fronteira da batalha entre a Al-Shabaab e o governo central, financiado por EUA e Europa. As zonas de controle são definidas e redefinidas a cada dia, dependendo do avanço da milícia.
O governo somali foi derrubado em 1991, mas milícias da oposição não conseguiram chegar a um acordo sobre a nova administração. Em 2006, desembarcou no conflito a Al-Shabaab, que rapidamente se transformou na maior ameaça ao governo.
O sinal mais preocupante de que o grupo continua operando aparece no maior campo de refugiados do mundo, em Dadaab, no Quênia. No mês passado, três homens vestidos com burcas entraram no principal mercado local e abriram fogo contra um líder religioso. Informações obtidas pela ONU indicaram que o líder era ameaçado pela Al-Shabaab por se negar a colaborar no recrutamento de jovens para a milícia.
O governo queniano alerta que o campo de refugiados, com 440 mil pessoas, transformou-se no novo palco da batalha entre os extremistas e aliados do governo. ONGs acusam o Quênia de usar a desculpa para fechar sua fronteira para refugiados. Mas, em Dadaab, não é segredo para ninguém que os extremistas estão infiltrados.
Elizabeth Macabo, uma das funcionárias da ONU que trabalha no registro de refugiados, diz ouvir um número cada vez maior de "histórias confusas" de homens que chegam ao local. Sinal de que não seriam exatamente refugiados, mas milícias que se passam por famintos para entrar no acampamento.
Em levantamento, a Anistia Internacional confirmou, há poucos meses, a existência de infiltrados. Em outro estudo, Human Rights Watch também diz que o governo queniano recrutou jovens do acampamento para lutar em milícias, dessa vez contra a Al-Shabaab.
Abdi, um garoto de 11 anos, contou ao Estado que sua mãe o impediu de ir a escolas montadas no campo para ensinar o Alcorão, temendo ser induzido a lutar. "Ela tem medo que eu volte para a Somália", contou Abdi, que nasceu no campo de refugiados.
A inteligência queniana repassou para a ONU, há dois meses, informações de que um possível atentado no campo estaria sendo planejado pelos extremistas. As informações chegaram a identificar até mesmo a maneira pela qual o atentado ocorreria - um burro levaria uma bomba para o meio das barracas.
Outra arma explosiva tem sido a ajuda internacional para o combate à fome. Nos últimos dois anos, o comando da Al-Shabaab negou acesso da ONU e de ONGs à população faminta, alegando que a declaração da crise de fome seria uma forma de a comunidade internacional justificar a intervenção no país.
Segundo a Anistia Internacional, os militantes diziam aos fazendeiros que eles deveriam depender só de Alá, e não da ONU e de "outros infiéis". No caso da ajuda americana contra a fome no Chifre da África, a maior entre os doadores, menos de 25% vai para a Somália por causa da presença de extremistas.
Segundo observadores internacionais, a fome enfraqueceu o apoio aos extremistas. "Os comandantes mais jovens da Al-Shabaab arruinaram a relação com várias camadas da sociedade ao exigir, em plena seca, dois camelos ou um dos filhos da família por cada garoto que se recusa a servir na milícia", disse ao Estado o porta-voz das tropas da União Africana, Paddy Ankunda. Segundo ele, houve um racha no grupo. Uma parte, liderada por Mukta Robo, alega que os militantes deveriam permitir acesso da ONU a cidades afetadas. Já Ahmed Godane, líder da milícia no sul, rejeitou.
A nova realidade abalou a relação da região com a Eritreia. O presidente eritreu Isaias Afewerki é acusado de financiar a Al-Shabaab. Em Uganda, o governo colocou como prioridade a derrota dos extremistas na Somália. Kampala quer uma revanche depois que o grupo extremista matou mais de 70 pessoas em dois atentados na capital ugandense em 2010.
No sul da Somália, onde o Estado esteve, as milícias da Al-Shabaab controlam grande parte da área, com bolsões nas mãos do governo, como a cidade de Dhobley. O extremistas também dominam portos, aeroportos, estradas e um sistema de cobrança de impostos de agricultores e donos de lojas que permite a coleta de até US$ 100 milhões por ano.
Para um dos líderes da comunidade somali em Uganda, Abdullahi Hajji Ahmed, o governo central só terá sucesso em sua luta quando montar uma estratégia para enfraquecer a base de recrutamento do grupo, que em árabe significa "A Juventude". A justificativa para a guerra seria expulsar milícias que atuam em nome do Ocidente. "Para isso será necessário mostrar benefícios sociais para essas famílias, mas isso será difícil diante da atual crise", completou.
ENVIADO ESPECIAL A DHOBLEY, SOMÁLIA 

sábado, 10 de setembro de 2011

Fome na Somália se agrava

 A divulgação do primeiro relatório sobre o número de mortes provocadas pela crise alimentar na região do Chifre da África revela que mais de 29 mil crianças com menos de 5 anos já morreram de fome nos últimos três meses na Somália - uma média de 300 por dia, quase 15 por hora.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 640 mil crianças somalis estão subnutridas e 3,2 milhões de pessoas - de uma população total de 7,5 milhões - precisam de ajuda imediata para sobreviver.
Nesta semana, a ONU declarou situação de fome em mais três regiões do sul da Somália, elevando a cinco o total de áreas atingidas. O órgão, que na segunda-feira, 8, lançou um site em português por meio do qual é possível fazer doações às vitimas da fome no Chifre da África, calcula que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido em decorrência do atual período de seca, o pior a afetar a Somália em 60 anos.
O alto índice de crianças somalis com desnutrição aguda indica que o número de óbitos entre crianças pequenas aumentará ainda mais. Conheça algumas das formas de ajudar a Somália a combater a fome. E participe divulgando a hashtag#ajudeasomalia no Twitter.

 

SOMÁLIA- MAIS NOTÍCIAS


Seca, conflito e falta de ajuda alimentar deixaram 3,6 milhões de pessoas sob o risco da fome no sul da Somália. No total, mais de 12 milhões de pessoas no Chifre da África estão sentindo os efeitos da estiagem, a pior em décadas. Em três meses, cerca de 29 mil crianças morreram por conta da desnutrição.
Centenas de somalis atingidos pela seca seguem todos os dias para sórdidos acampamentos dentro e fora da capital, Mogadíscio, transformada em um amontoado de entulhos, entra em uma zona de guerra, num desafio às ordens dos militantes islâmicos – que controlam boa parte das áreas mais afetadas – para que permaneçam onde estão.
Cerca de 400 mil refugiados somalis – quase 5 por cento de toda a população do país – estão acampados em Mogadíscio e áreas ao redor. Perto de 100 mil pessoas chegaram somente em junho e julho, segundo a ONU.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Governo vai enviar tropas para Somália


Nairobi - As autoridades djibutianas anunciaram, quinta-feira, a sua vontade de enviar para a Somália, em Outubro de 2011, um batalhão de reforço aos efectivos militares da Missão Conjunta da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas (ONU) no país  (AMISOM), noticia hoje (sexta-feira) a PANA.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Djibuti, Ali Abdi Farah, declarou quinta-feira que as tropas serão enviadas para este país do Corno de África em conformidade com as medidas tomadas pelo Governo de Transição da Somália para eliminar a milícia Al Sheab.

O Presidente de Djibuti, Omar Guelleh, tinha prometido o envio de tropas para a Somália em 2010,mas a operação foi adiada várias vezes devido à falta de fundo para o equipamento e o desdobramento dos efecivos no terreno.

O vice-presidente da Assembleia Nacional do Quénia, Farah Maalim, falando a título pessoal para os territórios afecados por Al-Sheab, declarou que os esforços internacionais para restaurar a paz na Somália deverão insistir no reforço das posições da UA.

O parlamentar queniano advertiu contra a intervenção de acores externos na política interna na Somália, receando que tal possa reforçar a teoria de Al Sheab contra a ingerência estrangeira.

O anúncio feito por Djibuti para enviar tropas foi saudado pela delegação do mnistério dos Negócios Estrangeiros do Uganda vinda a Nairobi para participar na cimeira regional sobre a crise alimentar na Somália.

A cimeira, que vai explorar um conjunto de políticas necessárias para garantir a segurança na Somália, vai igualmente abordar a estratégia da segurança dos comboios de assistência de emergência.

"O Uganda exorta todos os que desejam desdobrar-se na Somália a fazê-lo", declarou um representante ugandês presente nesta reunião ministerial.

Os líderes africanos, esperados para a cimeira sobre a crise alimentar na região, vão discutir um plano de segurança para facilitar a distribuição da ajuda na Somália.

Mas um responsável das Nações Unidas, presente nas discussões, advertiu contra a militarização dos socorros de emergência na Somália.

Catherine Bragg, secretária adjunta das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, declarou que os trabalhadores das agências humanitárias cobriram mais pessoas graças a meios civis e que os esforços de assistência devem manter o seu carácer civil.

Somália assina acordo para realizar eleições dentro de um ano


Autoridades da Somália assinaram um acordo que planeja um processo eleitoral dentro de um ano, em uma tentativa de colocar um fim ao período de transição pouco efetivo realizado com o apoio da ONU(Organização das Nações Unidas).

O documento prevê também a criação de uma nova Constituição e reformas no governo e no sistema de serviços. O plano assinado na terça-feira (6) concederá apoio financeiro com base nos resultados alcançados pelo país.

Em relação à segurança, o acordo pede que ocorram conversas com grupos armados opositores e diz que tropas da União Africana devem ficar presentes além das fronteiras da capital, Mogadício, para dar apoio ao governo.

A Somália deveria ter passado por um processo eleitoral no mês de agosto, mas o governo resolveu estender seu mandato, em partes porque a comunidade internacional não havia entrado em um acordo sobre o que deveria ser feito em relação à crise política no país.

Agencia de Notícias

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

HISTÓRICO DA SOMÁLIA

SOMÁLIA - País africano localizado no chamado "chifre da África". Banhado pelo Oceano Índico, é limitado ao norte pelo Djibouti, a sudoeste pelo Quênia e a oeste pela Etiópia. Seu nome deriva da palavra somali, que em dialeto local significa "negro".
O povo somali é extremamente arcaico, inclusive há indícios deste povo descritos em documentos do Antigo Egito. Desde muito tem relações comerciais com a Etiópia, a Arábia e com outros povos asiáticos. A partir do Século VIII, o islamismo começou a chegar naquela região. Do Século X ao XIX, os somalis se expandiram, chegando ao Quênia e à etiópia, Expulsaram os galas, e escravizaram os bantos, empregando-os na agricultura. Entretanto, não havia uma unidade política entre o povo somali. Os vários clãs mantinham-se em permanente luta por predomínio. No Século XIX, após várias lutas com povos vizinhos e invasores como os turcos otomanos, os somalis entraram em decadência. Com a abertura do Canal de Suez, pela posição estratégica da Somália, suas terras despertaram a cobiça de potências imperialistas. Inglaterra e França, que já possuíam entrepostos ali, expandiram suas posições. Em 1869, dois anos depois da abertura oficial do canal, a Itália também se estabeleceu em Aseb, que mais tarde originou a colônia de Eritréia. Em fins do Século XIX, França e Inglaterra e até o Egito estabeleceram protetorado na Somália.
Hoje, o país é um dos mais pobres do mundo. Tornou-se independente em 1º de julho de 1960. Anos depois, em 21 de outubro de 1969, o major-general Mohamed Siad Barre assumiu a presidência por golpe de Estado.
A independência e a posse de Barre, contudo, não foram suficientes para acalmar as disputas entre os diversos grupos que visam tomar o poder do país. Assim, em janeiro de 1991, Barre foi deposto por rebeldes, que em seguida, começam a lutar entre si.
A escassez de recursos naturais e os longos anos de guerra contribuíram para o estado critico da economia somali. O país possui uma economia de mercado, cujo setor mais importante é o da agropecuária, com a criação de gado respondendo por cerca de 40% do PIB e por cerca de 65% das exportações. A maioria das indústrias foram fechadas por causa da guerra civil. O processamento de produtos agrícolas sustenta o pequeno setor industrial do país e corresponde a apenas 10% do PIB.
A Somália tem uma das mais altas taxas de mortalidade infantil do mundo, com cerca de 10% das crianças morrendo pouco depois de nascer e 25% das sobreviventes morrendo antes dos 5 anos de idade. A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras considera a situação do país "catastrófica". Além disso, o Banco Mundial estima que 43% da população ganha menos de um dólar por dia e segundo os dados mais recentes, em 2002, a renda per capita anual foi de apenas US$226. Recentemente, milícias islâmicas se estabeleceram no país, que estava literalmente sem governo, em caos abertamente estabelecido, desde 1991. Tropas da Etiópia apoiaram as forças do Governo Provisório Somali, conseguindo vencer os comandos islâmicos que ocuparam o poder. Atualmente, está na presidência Sharif Ahmed, com Mohamed Abdullahi Mohamed como primeiro-ministro.

ZARPA DE SANTA CATARINA NAVIO COM AJUDAS À SOMÁLIA

- Parte hoje do porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, um navio com a primeira remessa de alimentos brasileiros doados ao Chifre da África. São 204 contêineres, com 19 toneladas cada, em média, totalizando 4,5 mil toneladas.

Os milhares de sacos de feijão serão carregados no navio MSC Marta. As informações são da Folha de São Paulo.
No final de julho, o governo brasileiro anunciou que enviaria 38 mil toneladas de doações de alimentos para a Somália, onde mais de 3,7 milhões de pessoas enfrentam uma crise de fome e a pior seca na região em 60 anos.
“Cerca de 10 mil toneladas de alimentos brasileiros já estão sendo embarcadas para o Chifre da África. O carregamento nos navios é um processo que pode demorar semanas, mas a expectativa é de que até o final de setembro todo esse montante tenha sido enviado” - afirmou por telefone Daniel Balaban, diretor representante do PAM (Programa Mundial de Alimentos da ONU) no Brasil.
O envio dos alimentos do Brasil à África levará cerca de 20 dias, o tempo para cruzar o Oceano Atlântico. Com o apoio de navios mercantes, partindo de portos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o Brasil enviará à África até o fim de setembro carregamentos de arroz, feijão, milho, leite em pó e sementes.
Os números são recordes brasileiros em matéria de ajuda humanitária internacional. É a primeira vez que o Brasil faz um envio de alimentos à Somália e é a maior doação do tipo já realizada.
As entregas de alimentos colocam o Brasil como o décimo maior doador de fundos humanitários para a crise no chifre da África -região que compreende Somália, Quênia, Etiópia, Djibuti. Na última lista da ONU, o país soma US$ 22 milhões em contribuição, em 2011. À frente de potências como Alemanha, França e Suíça.
O navio brasileiro aporta em Mombaça, no litoral do Quênia. De lá, a carga será enviada a campos de refugiados na fronteira com a Somália. Mas não chegará ao sul da Somália, onde está a grande maioria dos famintos.
“O PAM está proibido de entrar na Somália pelos rebeldes do Al Shabab - que controlam a área - por isso não temos presença no sul do país” - admitiu Balaban.
Ontem, o Presidente internacional da ONG Médicos Sem fronteiras (MSF), Unni Karunakara, afirmou que é "quase impossível" ajudar os somalis que passam fome. O motivo principal seria o número escasso de agências humanitárias trabalhando dentro da Somália.
Há 20 anos, reina a instabilidade política na Somália. Desde o fim do regime de Siad Barré, em 1991, grupos radicais e clãs disputam o poder. Entre eles, está o Al Shabab, ligado à rede Al Qaeda e considerado um grupo terrorista pelos EUA.
Um governo central interino (GFT) foi estabelecido em 2004, com o apoio da ONU, mas não é reconhecido pelas forças locais, nem pela população somali.


(CM)

A MIDIA E A AJUDA HUMANITÁRIA A SOMÁLIA

A temporada de doações começou – e ainda nem é Natal. As principais agências internacionais de ajuda humanitária, incluindo as Nações Unidas (ONU), Oxfam, Save the Children e Islamic Relief UK, vêm lançando massivas campanhas para salvar os milhares de somalis que estão passando fome em seu próprio país e nos campos de refugiados dos vizinhos Quênia e Etiópia.
O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon pediu 1,6 bilhão de dólares em doação para a Somália, e o Banco Mundial já suplicou por mais de 500 milhões de dólares para os esforços humanitários.

Os apelos para o envio de alimentos vêm sendo acompanhados por imagens de cortar o coração: crianças com barrigas inchadas e desnutridas, mães emagrecidas com peitos murchos que não produzem mais leite, acampamentos transbordando de hordas de refugiados esqueléticos.
Quase todas as maiores agências de ajuda humanitária estão correndo para o campo de refugiados de Dadaab, no Quênia, para testemunhar, fotografar e filmar a crise. Já vimos essas imagens antes – em meados dos anos de 1980, quando Mohamed Amin filmou a fome na Etiópia, desencadeando a tendência de as estrelas do rock se tornarem benfeitoras. Desde então, a fome se tornou a principal história vinda da África – e uma das maiores indústrias.



Mídia e agências
Imagens de africanos famintos são componentes fundamentais de campanhas de arrecadação de fundos – assim como os jornalistas. Como um membro de uma grande agência humanitária afirmou ao repórter da BBC, Andrew Harding, a ONU pode produzir relatórios sem fim, mas é só quando as imagens de pessoas famintas são televisionadas ou postas nas capas dos jornais que os políticos começam a agir.
O problema é que a matéria que eles veem ou leem não é tão imparcial como eles gostariam de acreditar. Na maioria das vezes, a história é contada pela equipe da agência humanitária na região ou documentaristas independentes.
Meios de comunicação que não possuem recursos para enviar repórteres a vastas zonas de tragédia como o campo em Dadaab têm formado uma aliança profana com as agências humanitárias, cujos porta-vozes – vestindo camisetas e bonés com os logos de suas respectivas organizações – “reportam” o desastre via satélite para audiências internacionais.
Mesmo quando os jornalistas estão presentes na região, eles dependem quase exclusivamente da versão contada pelas agências. A narrativa sobre a fome na Somália, por essa razão, tornou-se previsível e unilateral.
A jornalista holandesa Linda Polman acredita que a relação “nada saudável” entre jornalistas e agências humanitárias não permite um relato independente e objetivo, mantendo-o frequentemente inclinado em favor das segundas.
Os funcionários das entidades acostumados a tratar com a mídia exploram amplamente a ânsia com a qual os jornalistas aceitam sua versão. Por sua vez, diz Linda, os jornalistas “aceitam acriticamente a neutralidade proclamada pelas instituições de ajuda humanitária, elevando a credibilidade e a imagem de especialistas de seus funcionários”.





Distorção
Essa visão simplista e sem nuances dos desastres africanos tem implicações políticas no exterior, afirma Karen Rothmyer em um caderno de debates publicado no começo deste ano pelo Centro Joan Shorenstein da Universidade de Harvard, nos EUA. “Altas autoridades estadunidenses responsáveis pela política em relação à África que começam seus dias com os resumos de matérias que enfatizam desproporcionalmente os problemas africanos provavelmente não veem o potencial do continente”.
A relação íntima entre agentes humanitários e jornalistas vem, portanto, distorcendo o modo como a África é mostrada. Os jornalistas quase nunca chegam ao coração da história ou gastam tempo para pesquisar as causas de uma determinada crise. Os africanos não figuram muito em suas matérias, a não ser como vítimas.
“No senso comum, o termo ‘africanos famintos’ sai das línguas das pessoas tanto quanto ‘céu azul’”, escreveu o ex-agente humanitário Michael Maren em seu livro The Road to Hell [A estrada para o inferno], de 1997. “As campanhas de caridade levantam dinheiro para africanos famintos. O que os africanos fazem? Eles passam fome. Mas, na maioria dos casos, eles passam fome na nossa imaginação. O africano faminto é um estereótipo fabricado pelo Ocidente, como o judeu muquirana e o árabe dissimulado”.
Em uma conversa telefônica recente, Linda me disse que a história do “africano faminto” não é apenas a mais fácil de se contar, especialmente em um continente que não recebe muita atenção da mídia internacional, como também é a mais “politicamente correta”. Afinal, quem em sã consciência quer ser acusado de não fazer nada por pessoas que estão morrendo?
Oportunidades de negócios O que mais impressiona é que, de parte dos meios de comunicação, quase não se tenta verificar independentemente os fatos e dados disseminados pelas agências humanitárias que, como eu descobri quando trabalhei em uma agência da ONU, muitas vezes são infl ados ou baseados em informações equivocadas.
“A tentação de se exagerar a extensão de uma crise para se arrecadar mais dinheiro está sempre presente”, diz Ahmed Jama, um economista agrícola somali radicado em Nairóbi, no Quênia. Ele acredita que é muito provável que muitas regiões da Somália que foram declaradas atingidas pela seca – como a região fértil do baixo Shabelle, que teve uma grande colheita no ano passado – podem, na verdade, apresentar segurança alimentar. Para ele, é possível, além disso, que as pessoas que estão sofrendo não sejam locais, mas migrantes vindos de áreas do país propensas à seca.
Ele acrescenta que é do interesse da ONU e outras agências humanitárias apresentar o pior dos cenários, pois isso mantém o fluxo da doação de dinheiro. Jama afirma que, enquanto regiões da Somália sempre sofreram de secas cíclicas, a falta de políticas agrícolas e de estocagem fez com que as secas rapidamente se transformassem em fome, o que nem sempre foi o caso. Nos anos de 1980, por exemplo, ele diz que a Somália produzia 85% dos cereais de que necessitava, graças a investimentos do governo e da comunidade internacional na agricultura.
Tragédias como a fome na Somália alimentam o negócio da ajuda humanitária, com cada agência ansiando criar para si própria a “marca” de a mais competente para lidar com a crise. Em seu livro The Crisis Caravan [A caravana da crise], recentemente publicado, Linda Polman descreve como as crise se tornam “oportunidades de negócios” para agências humanitárias.
“As entidades que querem permanecer mandando no jogo”, acrescenta, “precisam ser fluentes no idioma do posicionamento do produto, do desenvolvimento proposto e das relações com os clientes.” A presença física na área do desastre é crítica, pois “as organizações humanitárias que falham em aparecer em cada novo desastre deixam escapar contratos para a implementação de projetos de ajuda humanitária financiados por governos e instituições, e são deixadas para trás pelas organizações que aparecem”.




A verdadeira história
As agências raramente relatam as causas profundas da fome, embora no caso da Somália exista uma tendência de culpar a guerra civil e a milícia Al Shabaab que, até recentemente, as havia banido de entrar nas áreas sob seu controle.
Por mais de duas décadas, a guerra civil e a fome têm dominado a narrativa sobre a Somália. No entanto, alguns economistas acreditam que a comunidade internacional deve ser amplamente culpada pela crise no país. Michel Chossudovsky, professor de economia na Universidade de Ottawa, no Canadá, argumentou em seu livro The Globalisation of Poverty and the New Order [A globalização da pobreza e a nova ordem], lançado em 1993, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial causaram um impacto negativo na estabilidade somali depois de terem imposto programas de ajustes estruturais nos anos de 1980 que forçaram a Somália a adotar medidas de austeridade que desestabilizaram a economia nacional e destruíram a agricultura.
Ele responsabiliza as instituições de Bretton Woods, entre outras coisas, pelo aumento da dependência somali de grãos importados, pelas desvalorizações periódicas da moeda, que levaram a um aumento dos preços do combustível, fertilizantes e insumos agrícolas, e pela privatização de serviços veterinários.
“Também os fornecimentos de grãos estadunidenses que entraram no país sob a forma de doação de alimentos destruíram a agricultura local”, afirma. Essa doação, por outro lado, frequentemente foi vendida pelo governo no mercado local para baixar os preços domésticos.
O desvio de ajuda alimentar não é novo. O estudo de Linda Polman mostra que em quase todas as regiões do mundo em crise, senhores de guerra, milícias e soldados impõem “taxas” às agências humanitárias ou roubam e vendem as doações para comprarem armas.
Muito frequentemente, os campos de refugiados se tornam paraísos seguros para as milícias, que os utilizam para se reagruparem e se recuperarem. Os acampamentos, assim, prolongam indiretamente as guerras civis.




Avenidas para a propina
O que tampouco é mencionado nos apelos por recursos é o fato de que uma boa parte deles é usada para se pagar ou subornar autoridades e milícias para permitir que os comboios com as doações passem por determinada estrada. O outro fato que é convenientemente negligenciado é que uma grande parte do dinheiro arrecadado é usado para cobrir os custos administrativos e logísticos das agências humanitárias.
Equipes têm que ser contratadas, carros 4x4 têm que ser comprados, escritórios devem ser montados, especialistas internacionais super bem pagos têm que ser consultados. Tudo isso custa dinheiro, muito, muito dinheiro.
D.T. Krueger, ex-funcionário da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), estima que até três quartos dos recursos recebidos por uma agência da ONU são usados apenas para si própria. Muitas das doações acabam voltando ao país doador na forma de salários para especialistas conterrâneos e insumos para projetos de desenvolvimento que são adquiridos no mesmo país doador.
Apesar de todas essas falhas e ineficiências flagrantes, a indústria da ajuda humanitária continua firme; na verdade, se fortalece cada vez mais. Estatísticas indicam que o número de agências e ongs disparou desde o fim da Guerra Fria. (Pambazuka News. Texto originalmente publicado em The East African)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SOMÁLIA- MISSÕES PORTAS ABERTAS

A Somália está localizada no extremo leste do continente africano, na região semiárida conhecida como Chifre da África. O território somali apresenta paisagens variadas com regiões montanhosas ao norte, desertos e savanas na área central e uma região subtropical ao sul.




População
É difícil contabilizar a população somali. O último censo foi realizado pelo governo em 1975; a partir daí só há estimativas, que devem ainda levar em conta o número de nômades e o movimento de refugiados, que fogem da fome e da guerra entre os clãs.
A maioria da população pertence à etnia somali, que se divide em inúmeros clãs. Os quatro maiores clãs - dir, daarwood, hawiye e isxaaq -, no entanto, respondem por aproximadamente três quartos da população do país. Os outros clãs, considerados inferiores, agrupam 20% dos somalis localizados no sul, e uma minoria pertence à etnia banta.
O islamismo é a religião oficial da Somália e, com raras exceções, a maioria dos somalis segue a tradição sunita. Há alguns hindus entre os indianos que trabalham no país.
A Somália é uma das nações mais pobres do mundo. Após anos de guerra civil, a economia entrou em colapso e é controlada por uma minoria que explora o narcotráfico, a venda de armas e o comércio de alimentos. A maioria dos somalis vive da pecuária e da agricultura de subsistência, e depende dos programas de ajuda humanitária.


História
A Somália tornou-se independente em 1960, quando italianos e britânicos se retiraram e o território foi unificado. Desde sua independência, o país tem tido conflitos com a Etiópia pela posse da região de Ogaden (Estado da Etiópia).
A Guerra Fria acabou por beneficiar a Somália economicamente, pois o país recebia subsídios da União Soviética em um primeiro momento e, mais tarde, passou a recebê-los dos Estados Unidos. Apesar disso, os conflitos internos e externos acabaram por devastar a nação e sua população.
Em 1991, uma sangrenta guerra civil derrubou a ditadura governante e lançou o país em total desgoverno, com mais de 20 clãs armados lutando entre si pelo poder. Em 1992, as Nações Unidas intervieram no conflito a fim de fornecer ajuda humanitária aos necessitados.
Embora o caos e a luta entre os diversos clãs ainda persistam em quase todo o território somali, um governo de transição foi estabelecido no ano 2004 para promover o processo de paz, após a iniciativa do presidente de Djibuti, Ismael Omar Guelleh, de reunir mais de dois mil representantes somalis em seu país.
O Governo Federal de Transição está situado na capital Mogadíscio. A cada cinco anos escolhe-se um novo presidente para o governo de transição.
No entanto, seu inimigo, a União de Cortes Islâmicas, embora tecnicamente derrotado, continua lutando, com a ideia de instaurar o caos e impor a lei islâmica à sociedade.


A Igrejavoltar ao topo
Os primeiros missionários cristãos chegaram à Somália em 1881. Em quase um século de trabalho, eles conseguiram algumas centenas de convertidos, até que foram obrigados a se retirar do país em 1974.
Há um pequeno número de somalis convertidos ao cristianismo morando na Somália, e muitos foram assassinados nos últimos anos por radicais islâmicos que juraram acabar com todos os somalis cristãos.


A perseguiçãovoltar ao topo
A falta de lei no país (não há Constituição, por exemplo) abre espaço para o crescimento do extremismo religioso, que é o grande responsável pela perseguição aos cristãos somalis.
Há uma Carta de direitos do governo de transição, mas ela não possui restrições ou proteções à liberdade religiosa. Duas regiões no país - Somalilândia e Puntlândia - adotaram o islamismo como a religião oficial. Em ambas as regiões, os muçulmanos não podem abandonar o islamismo, sob pena de morte.
Extremistas têm acusado organizações cristãs de ajuda humanitária de aproveitarem o caos no país para divulgar o evangelho. Tais acusações acabam atraindo a atenção da mídia e levando a ataques públicos contra os cristãos por parte dos jornais locais. Além disso, os partidos políticos muçulmanos têm publicado relatórios que detalham os programas evangelísticos e advertem severamente o povo somali a manter distância de tais atividades.
Em 13 de abril de 2008, quatro professores cristãos, dois deles ex-muçulmanos, foram mortos por militantes islâmicos na cidade de Beledweyne. De acordo com a associação Barnabas Fund, as vítimas eram dois quenianos e dois somalis (um homem de 64 anos, Daud Assan Ali e uma mulher de 32 anos, Rehana Ahmed). Eles foram mortos a tiros enquanto dormiam, durante uma invasão a uma escola cristã.
Daud e Rehana eram ex-muçulmanos que tiveram a oportunidade de morar durante alguns anos no Reino Unido. Em 2004, Daud voltou a sua terra natal para realizar o sonho de abrir uma escola.
O projeto dele só foi completado atualmente, em março de 2008. Em um blog mantido para a escola, ele chegou a escrever que estava preocupado com a invasão noturna de extremistas ao local.
O porta-voz do grupo responsável pelo ataque disse que as mortes não foram premeditadas e que os quatro professores acabaram atingidos no fogo cruzado.
Porém, vários moradores de Beledweyne disseram que os cristãos foram atingidos porque os muçulmanos tinham medo de que eles pregassem sobre Jesus aos alunos da escola de inglês. Ai, esposa de Daud, disse em uma entrevista que o marido havia sido morto por ser ex-muçulmano.


Motivos de oraçãovoltar ao topo
1. O povo somali sofre com a falta de governo. Atualmente, o país é governado por líderes regionais que agem impune e violentamente. Cada líder mantém sob controle uma região específica e todos lutam entre si constantemente a fim de obter mais poder. A população encontra-se no meio do fogo cruzado. Ore pedindo o fim do caos e o estabelecimento de um governo estável.
2. Cristãos somalis vivem sob constante perseguição. Converter-se ao cristianismo é o mesmo que fazer um convite aos radicais para assassiná-lo. Todos os cristãos vivem sob severa perseguição e temem pela própria segurança e a de seus familiares. Muitos travam uma luta íntima em relação à decisão de manter sua condição em segredo ou declarar-se abertamente e compartilhar a fé. Ore pedindo sabedoria e proteção aos cristãos somalis.
3. Grupos cristãos de ajuda humanitária sofrem com os ataques dos fundamentalistas islâmicos. Grupos humanitários cristãos podem oferecer uma importante ajuda para melhorar a qualidade de vida do povo somali. No entanto, muitos deles assumem um alto risco ao atuar no país. Comboios têm sido atacados e seus equipamentos confiscados. Além disso, alguns de seus funcionários já foram ameaçados e mesmo mortos. Ore por uma melhoria nas relações entre os ministérios cristãos e aqueles que detêm o poder local
4. As transmissões de programas evangelísticos são prejudicadas pela imagem negativa divulgada pela imprensa. Os programas cristãos de rádio e televisão, assim como a literatura, têm colhido alguns frutos. Por essa razão, os ataques da mídia somali são constantes. Ore para que os frutos se multipliquem apesar dos ataques.
5. A Igreja somali está quase extinta. Com apenas algumas centenas de cristãos somalis, é necessário que o trabalho missionário seja recomeçado da estaca zero. Isso exigirá métodos completamente inovadores para se alcançar o sucesso almejado. Ore e peça coragem e sabedoria aos líderes da Igreja.


Fontes


- 2008 Report on International Religious Freedom
- Países@
- Portas Abertas Internacional
- The World Factbook
Atualizado em 30/03/2009


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SITUAÇÃO DA SOMÁLIA

A fome afeta uma sexta região da Somália e a situação se agravará nos próximos quatro meses, já que a ajuda humanitária não aumentará, anunciou a ONU nesta segunda-feira.
O limite da fome foi superado ante a desnutrição aguda e o índice de mortalidade registrado na região de Bay, sul da Somália, em consequência de uma seca devastadora no Chifre da África, destacou a ONU.
"Se o nível atual de resposta (a crise humanitária) continuar, a fome seguirá progredindo nos próximos quatro meses", adverte em um comunicado a Unidade de Análises da ONU para a Segurança Alimentar e a Nutrição (FSNAU).
"No total, quatro milhões de pessoas estão em situação crítica na Somália, das quais 750 mil correm o risco de morrer nos próximos quatro meses na ausência de uma resposta adequada em termos de envio de ajuda", completa o texto. "Dezenas de milhares de pessoas já morreram, sendo que mais da metade eram crianças", recorda a FSNAU.
O estado de fome responde a uma definição estrita das Nações Unidas: pelo menos 20% das residências confrontadas com uma grave penúria alimentar, 30% da população com desnutrição aguda e uma taxa de mortalidade diária de dois sobre 10 mil pessoas.
A região de Bay, a última declarada em fome pela ONU, é controlada pelos insurgentes islamitas shebab, assim como grande parte do sul e do centro da Somália, e inclui sobretudo a cidade de Baidoa, uma das principais do país.

No total, 12,4 milhões de pessoas residentes no Chifre da África sofrem com a pior seca em décadas e precisa de ajuda humanitária, segundo a ONU. A Somália é o país mais afetado em consequência da guerra civil iniciada em 1991, que destruiu boa parte das infraestruturas e dificulta muito o acesso ao centro e ao sul do país.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Garota fica aleijada por não renegar a Jesus

UGANDA (*) - Uma menina de 14 anos ainda é incapaz de andar, 10 meses depois de ter sido torturada pelo pai, por ter deixado o Islã e colocado sua fé em Jesus, de acordo com os cristãos da área.Susan Ithungu, da aldeia de Isango, em Uganda, foi hospitalizada no Hospital Kagando em outubro de 2010, quando os vizinhos e a polícia a salvaram de seu pai, Beya Baluku. Ele foi preso depois, mas libertado rapidamente, disseram as fontes.
Susan e seu irmão mais novo, Mbusa Baluku, moravam sozinhos com seu pai, depois que ele se divorciou de sua mãe. Em março de 2010, um evangelista da Igreja do Evangelho Pleno de Bwera falou na escola de Susan e ela decidiu confiar em Cristo para ser salva.
“Eu ouvi a mensagem do amor de Cristo, de que ele havia morrido para nos dar paz eterna e decidi acreditar em Cristo”, disse ela, na cama do hospital. “Depois de um mês, chegou ao meu pai a notícia de que eu tinha me convertido e isso foi o início dos meus problemas com ele. Nosso pai nos advertia para que não fôssemos à igreja, nem ouvíssemos o evangelho. Ele até nos ameaçou com uma faca afiada.”
O Pastor José, da Igreja do Evangelho Pleno em Kasese, disse que os vizinhos a levaram ao hospital do governo, depois que a garota foi libertada.
“Ele a trancou em um quarto muito apertado durante seis meses, sem deixá-la ver a luz do sol”, disse o pastor. “O irmão mais novo foi advertido para não dizer a ninguém que Susan estava trancada em um quarto sem nada para comer.”
Mbusa disse que, quando seu pai saía, ele dava algumas bananas a sua irmã. “Eu também cavei um buraco no chão para passar água para ela. Mas, na maioria dos dias, ela só conseguia beber a lama”, disse ele.
Um vizinho, que pediu anonimato, disse que toda a vizinhança ficou preocupada por não vê-la por muito tempo. “O irmão dela, então, nos revelou que Susan estava trancada em um dos quartos da casa. Em seguida, relatamos o caso à polícia, que foi até a casa e libertou a menina.”
Susan foi imediatamente para o hospital do governo, onde o pastor José a visitou. ”Susan estava muito magra e não conseguia falar ou andar. Seu cabelo tinha ficado amarelo, tinha unhas longas e olhos encovados. Ela estava com menos de 20 quilos.”
O pastor continuou: “Pela graça de Deus, Susan ainda está viva. Embora ainda não possa andar, ela consegue falar agora. Ela ainda está se alimentando de comidas leves. A grande notícia é que Susan está firme em Jesus. Ela precisa de orações e apoio, para que possa retornar à sua rotina o mais breve possível.”

MISSÕES PORTAS ABERTAS

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

COMO FAZER MISSÕES


VISÃO, AMOR PELOS PERDIDOS E DISPOSIÇÃO.
Para iniciar um trabalho missionário numa igreja, é necessário, primeiramente, que aquelas pessoas interessadas em fazê-lo se prontifiquem a compreender à vontade de Deus em relação ao assunto.
Para isso, precisam ter a visão certa: a visão de Deus.
Então, podemos fazer algumas perguntas para entendermos melhor sobre essa necessidade.
- O que você sente no coração quando ouve alguém falar sobre as necessidades do mundo?
- Idéias novas e diferentes surgem em sua mente quando alguém lhe fala sobre missões?
- Você ora constantemente pelos missionários que estão no campo?
- Você tem influenciado outros para se envolverem com missões?
- Quando alguém compartilha contigo a respeito do seu chamado, você o incentiva a continuar?
- Você já mobilizou pessoas, alguma vez, a enviar uma oferta missionária para missões?
- Você gosta de participar de conferências, congressos, acampamentos que abordam o tema missões?
- Você envia, periodicamente, oferta para algum missionário no campo?
Deu para sentir que as perguntas acima apontam uma ligação inquebrável das três áreas necessárias na vida da Igreja, para alguém iniciar um departamento missionário. Essas áreas são, na verdade, a essência do compromisso missionário que todo cristão deve ter no seu dia-a-dia; elas são:
VISÃO + AMOR PELOS PERDIDOS + DISPOSIÇÃO = M I S S Õ E S
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa quase cerca de dois terços da Humanidade, ainda não foram evangelizados. Sentimo-nos envergonhados de nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a Igreja. Há, no momento, todavia, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o Senhor Jesus Cristo. Estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos programas visando à evangelização total do mundo.
CONGRESSO INTERNACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL , Lausanne)
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15).
As Boas Novas do Evangelho foram deixadas na Terra por Jesus, para toda a raça humana. Por isso, devemos ir por todo o mundo, e não apenas para algumas regiões. O "Ide" é imperativo, e não opcional. Este é o nosso chamado como corpo de Cristo, é a nossa responsabilidade: ir e pregar o Evangelho.
VISÃO - Olhar para o mundo sob a perspectiva bíblica. Saber que Jesus morreu por todos os homens. Conhecer as necessidades do homem e ter a verdadeira consciência sobre as responsabilidades conferidas a você para mudar tal situação.
AMOR PELOS PERDIDOS - Uma paixão desenfreada por aqueles que se perdem no mundo; preocupação autêntica com as pessoas que ainda não foram alcançadas pelo Evangelho; sofrimento e dor quando ouve alguma notícia sobre a situação caótica da raça humana. Sentimento de responsabilidade de mudar a situação.
DISPOSIÇÃO - Levanta-se para fazer algo concreto em benefício das pessoas, não mede esforços para trabalhar na casa de Deus; está sempre alegre em saber que tudo aquilo que é feito para a obra de Deus é bom e satisfatório; não importa o resultado imediato; o importante é que o nome do Senhor está sendo glorificado; dispõe-se, debaixo de uma vívida e empolgante responsabilidade, para mudar a situação.
Visão = Conhecer a responsabilidade.
Amor pelos perdidos = Sentir a responsabilidade.
Disposição = Agir sob a responsabilidade.

BISCOITO DE BARRO

No Haiti, pessoas famintas alimentam-se de “biscoitos de barro”. Preparados com argila, banha, água e sal, são feitos grandes traços de barro no chão com água suja e coada sobre panos velhos. A massa então, é espalhada e os biscoitos confeccionados sob o sol de 50 graus. Em pouco mais de uma hora, os biscoitos já estão prontos para serem vendidos.

O resultado é um bocado de lama no estômago intercalado com goles d’água. A geofagia (hábito de comer terra), resulta em cada vez mais o aumento de cirurgias gástricas nos haitianos, devido aos blocos sólidos concentrados em seu interior, seguidos de cólicas e dificuldades em evacuar.
E NÓS? QUAL FOI NOSSA ALIMENTAÇÃO DE HOJE? O QUE COMEMOS OU JOGAMOS FORA? PRECISAMOS APRENDER A AMAR AO PRÓXIMO DESEJAR O QUE TEMOS DE BOM PARA OS OUTROS TAMBÉM.
AMOR, AMOR, POR ONDE ANDAS NOSSO AMOR? 
PERDÃO PAI, POR AMAMOS MAIS A NÓS MESMO DO QUE AO PRÓXIMO. PORQUE NOS PREOCUPAMOS COM NÓS MESMO DO QUE COM OS PERDIDOS.
ONDE ESTÃO OS PÉS DOS QUE ANUNCIAM AS BOAS NOVAS? AS MÃOS DOS QUE TEM A UNÇÃO PARA CURAR, LIBERTAR?
MEU DEUS.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CANÇÃO DOS MÁRTIRES-JEOVÁ NISSI-PEÇA TORTURA

TIREM OS MEUS OLHOS AINDA POSSO VÊ-LO, TIREM A MINHA LINGUA EU CANTO POR DENTRO, TIREM MINHAS MAOS, EU POSSO SENTÍ-LO, POIS NADA PODE ME SEPARAR, NINGUEM E NADA PODE ME SEPARAR DO TEU AMOR. 


TIREM A MINHA CASA E EU VIVO NELE, TUDO O QUE EU TENHO NUNCA FOI MEU, QUEIME A MINHA CARNE O MEU ESPIRITO VIVE, POIS NADA PODE ME SEPARAR, NINGUEM NEM NADA PODE ME SEPARAR DE JESUS. 


TIRE A MINHA ALMA E NUNCA VENCERAS TENTE ME ENTENDER EU NUNCA MORRO, NÃO HÁ O QUE FAZER EU VIVO EM JESUS, POIS NADA PODE ME SEPARAR, NINGUEM E NADA PODE ME SEPARAR DO TEU AMOR. 


PODEM ATE ME TORTURAR, MAS EM HONRA EU DIREI QUE ÉS MEU AMOR E NÃO O NEGAREI NÃO IMPORTA O QUANDO DOA EM MIM TER QUE MORRER COMO MORRESTES.

domingo, 7 de agosto de 2011

ATOS 21:13


Atos 21:13 Então Paulo respondeu: Que fazeis chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrerem Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus
A atitude do Apóstolo Paulo diante das possibilidades que o cercavam chega a causar certa estranheza em nós os "evangélicos" desta geração.
Quantas vezes vivemos um 'evangelhiozinho" de vantagens pessoais, onde são visados nossos interesses, nosso conforto, nossa vidinha. Quando vemos na Palavra um Evangelho que levava àqueles que nEle criam a doar voluntariamente suas vidas, seus valores, nada era mais precioso do que ser útil a Esta Causa Maravihosa.
Quantos de nós somos egoístas, nos achamos super-heróis pelo simples fato de carregar uma Bíblia e frenquentar a Cultos, ameaçamos retroceder. Ameaçamos deixar nossas posições por pouco. Nos sentimos no direito de "ser felizes" ainda que causando prejuízo ao Reino de DEUS.
Mas não convém que sejamos assim, não é esta a Vontade de DEUS, precisamos nos doar ao Reino como Ele foi doado a nós, quando éramos detestáveis aos Olhos de DEUS por causa do mundanismo, da vida distante dEle e de Seus Valores.
Não é hora de retroceder, o mundo está numa escala de degradação moral e espiritual terrivelmente rápida, e neste momento delicado, precisamos guardar ainda mais a nossa fé. Precisamos lembrar que ninguém que tem chamado de DEUS, será feliz de outra forma que não seja FAZENDO A VONTADE DE DEUS.
PRECISAMOSGUARDAR A NOSSA POSIÇÃO EM CRISTO POIS PELOS EXEMPLOS BÍBLICOS, TODOS OS QUE PERSEVERARAM TIVERAM SUAS VITÓRIAS, MAS TODOS QUANTOS RETROCEDERAM FORAM MOTIVO DE ESCÁRNIO E DESPREZO, AGORA É A NOSSA VEZ DE SERMOS FIÉIS, DE NÃO RETROCEDER E O NOSSO DEUS NOS AJUDARÁ.

MISSONÁRIA RITA-NANUQUE-MG

sábado, 6 de agosto de 2011

O QUE ESTOU FAZENDO???

Esta é uma boa pergunta que podemos fazer a cada instante do nosso dia:

O que eu faço quando alguem me diz que precisa de oração?
O que eu faço quando descubro que meu irmão está passando necessidade dentro da minha própria igreja?
O que eu faço quando sei que meu irmão está precisando de uma visita e eu só tenho um dia de folga na semana?

Essas são perguntas que você pode até responder positivamente, porque para você ou para mim é fácil de se resolver, mas se você já respondeu negativamente a essas de cima se prepare....

O que eu faço quando chega um mendigo a minha casa pedindo comida?
O que eu faço quando vejo um mendigo na rua querendo falar comigo?
O que eu faço quando passo por uma prostituta e o Espírito Santo diz que ela está precisando de uma palavra amiga?
O que eu faço quando vejo uma criança abandonada na rua?
O que eu faço quando vejo um jovem sendo assassinado a minha frente por causa de drogas?

Antes de responder a essas perguntas vou lhe mostrar biblicamente o que Jesus diz que é necessário a ser feito, e o que acontecerá com pessoas que não ajudam aos que precisam. Eis a questão:
Mateus 25: 31-46

 Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos. Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.


Interessante o que Jesus diz, mas parece que não nos importamos com isso. Pensamos que já estamos salvos e que não precisamos fazer nada pra ajudar aos que precisam. Muitos até se comovem com a situação de um irmão da igreja, mas não tem coragem de fazer nada. Outros acha que só é preciso ajudar aos domésticos da fé, e que os que estão na rua não precisam. Estão enganados. Jesus veio ao mundo para ajudar a todos de igual forma. Jesus ama a todos de igual forma. E nós também precisamos ajudar aos outros. Como podemos dizer que amamos as vidas quando não fazemos nada para ajudá-las? Quando vemos um mendigo caído pelos cantos não fazemos nada. Corremos das prostitutas porque as pessoas vão imaginar algo errado de nós. Jesus não se importou com isso. Nota-se que ELe estava a todos os momentos com os pobres, com prostitutas. E porque nós não queremos nos envolver?

Estamos vivendo um evangelho de forma errada. Pensamos em nós, pensamos em nós e pensamos em nós. E esquecemos que Jesus disse que quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo.

Então, o que estamos fazendo? Essa é a pergunta.

sábado, 28 de maio de 2011

Cristãos sobrevivem ao regime opressor norte-coreano

  
 
Soldados da Coréia do Norte 
COREIA DO NORTE (1º) - “Cerca de 40 mil cristãos subterrâneos continuam a viver em sua fé, na Coreia do Norte, incluindo aqueles que, por causa da fé, foram enviados ao campo de trabalho forçado”, revelou o ministro sul-coreano Lim Chang-ho, em entrevista ao Daily. “Devido ao elevado nível de repressão contra os cristãos, eles se preservam da única forma que conseguem, como se casando entre si.”

Na Coreia do Norte, as pessoas estão organizadas em 51 classes. As três primeiras são baseadas na lealdade à família do presidente norte-coreano e ao culto do ditador, como se fossem ‘deuses’. Obviamente qualquer pessoa que professe uma religião ou estiver portando material religioso é classificada como “hostil” e efetivamente banida da vida pública do país.

Os relatos dos que conseguem escapar do regime são de que os cristãos são submetidos a péssimos tratamentos. “O cristianismo está presente no país graças à atitude e coragem dos cristãos daqui. Quando os vizinhos veem como se comporta um cristão, querem imitá-lo. Mas não existe confirmação de conversão, nem sequer uma.”

Segundo os últimos dados disponibilizados, existem cerca de 30 mil cristãos sendo mantidos em campos de trabalho forçado, aonde são enviados todos os que professam a fé cristã, vivendo sob condições terríveis.

Campanha de 50 dias de oração pelos países do Oriente Médio


O mundo acompanhou no inicio de 2011 vários conflitos que levaram presidentes de nações como a Tunísia e o Egito a deixarem os cargos que ocupavam há décadas. Países como Iêmen, Jordânia, Líbia e outros do Oriente Médio também enfrentaram protestos contra seus governantes, o que obrigou alguns deles a mudar cargos e gabinetes.
Nessas nações existem milhares de cristãos que, além de enfrentar problemas sociais como a miséria, enfrentam questões muito mais complicadas pelo simples fato de serem cristãos. A sociedade, o governo e os familiares os perseguem e rejeitam sua opção religiosa, principalmente quando eles deixam o islamismo para se tornarem cristãos. Em alguns países, essa escolha é considerada crime passível de morte. Mesmo assim, muitos estão se convertendo e experimentando uma vida com Cristo.
Para que esses nossos irmãos não desanimem, eles precisam de nossa intercessão. Dessa forma, a campanha de oração após o DIP será voltada especificamente aos países do Oriente Médio que vêm enfrentando dificuldades. Precisamos orar para que as mudanças favoreçam a liberdade religiosa, pois dependendo de quem governar países como o Egito, as minorias podem ter seus já limitados direitos completamente violados. Vamos nos unir em oração nesse momento importante para a História da humanidade e para o Corpo de Cristo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Nas mãos do Oleiro -Jeremias 18: 1-4


O vaso representa o homem e Deus representa o Oleiro, e Ele queria mostrar a Jeremias que Ele tem poder para fazer de nossas vidas o que bem quer, caso estejamos disponíveis em suas mãos.
Jeremias estava atento ao que o oleiro fazia, e estava a imaginar o que Deus queria lhe mostrar com aquela situação.
·        Há momentos em nossas vidas em que estamos como Jeremias, sabemos que Deus tem algo para nos ensinar diante das dificuldades que passamos.
O oleiro estava construindo um barro, mas chegou um tempo em que o barro precisou ser quebrado.
·        O homem foi criado por Deus, mas há momentos em que começam a aparecer feridas no homem da qual ele não sabe como lidar sozinho, vem a frustração com o próximo, vem a dor de ser abandonado ou rejeitado por um pai ou pelo cônjuge, vem a enfermidade, vem a auto-suficiencia, estas são rachaduras, feridas, que são criadas em nosso vaso, que um dia foi tão perfeito.
·        (Diante do Trono)
·        Estas rachaduras nos impedem de ver o Oleiro, nos impede de ter confiança em nosso próximo, achamos que porque fomos mal tratados pelos nossos pais terrenos, que nosso Pai Eterno é como nosso pai aqui, que Deus também não nos ama, achamos que porque temos uma enfermidade, Deus não nos ama. São bloqueios que temos e que está atrapalhando o mover de Deus em nossas vidas e até mesmo o mover das pessoas que estão do nosso lado, porque se fomos chamados para ganhar vidas, e estamos feridos, não poderemos tratar com as feridas do nosso próximo.
·        Chega um momento em que o barro precisa ser quebrado, para que o oleiro o refaça segundo o Seu querer, conforme o  que pareceu bem fazer (Jr 18:4).
·        O interessante é que quando estamos quebrados, sentimos dores, dores que parecem não ter fim, gritamos, esperneamos, gememos. Quando somos confrontados por Deus pelos nossos erros, quando descobrimos que estamos indo para o caminho contrário a Terra prometida porque não queremos tratar nossa feridas, porque não queremos perdoar aquele que um dia nos feriu, quando a vaidade, soberba e egoísmo toma conta de nossas vidas e é por isso que um dia fomos quebrados, mas é justamente estas coisas que não queremos deixar que nos farar permanecer quebrados nos chão, nos deixará paralisados, porque queremos sair com nossas rachaduras.
·        Nós pedimos a Deus para nos curar, mas quando somos quebrados e o confronto vem, queremos fugir.
·        Mas Deus hoje te diz que se você quiser permanecer com suas feridas, você irá permanecer no chão quebrado porque Ele não faz nada pela metade, Ele quer tirar suas rachaduras e fazer de você um vazo novo sem rachaduras, porque este vaso novo moldarão novos barros que estão rachados na sociedade, mas antes a igreja, o povo de Deus precisa ser quebrado.