sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Governo vai enviar tropas para Somália


Nairobi - As autoridades djibutianas anunciaram, quinta-feira, a sua vontade de enviar para a Somália, em Outubro de 2011, um batalhão de reforço aos efectivos militares da Missão Conjunta da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas (ONU) no país  (AMISOM), noticia hoje (sexta-feira) a PANA.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Djibuti, Ali Abdi Farah, declarou quinta-feira que as tropas serão enviadas para este país do Corno de África em conformidade com as medidas tomadas pelo Governo de Transição da Somália para eliminar a milícia Al Sheab.

O Presidente de Djibuti, Omar Guelleh, tinha prometido o envio de tropas para a Somália em 2010,mas a operação foi adiada várias vezes devido à falta de fundo para o equipamento e o desdobramento dos efecivos no terreno.

O vice-presidente da Assembleia Nacional do Quénia, Farah Maalim, falando a título pessoal para os territórios afecados por Al-Sheab, declarou que os esforços internacionais para restaurar a paz na Somália deverão insistir no reforço das posições da UA.

O parlamentar queniano advertiu contra a intervenção de acores externos na política interna na Somália, receando que tal possa reforçar a teoria de Al Sheab contra a ingerência estrangeira.

O anúncio feito por Djibuti para enviar tropas foi saudado pela delegação do mnistério dos Negócios Estrangeiros do Uganda vinda a Nairobi para participar na cimeira regional sobre a crise alimentar na Somália.

A cimeira, que vai explorar um conjunto de políticas necessárias para garantir a segurança na Somália, vai igualmente abordar a estratégia da segurança dos comboios de assistência de emergência.

"O Uganda exorta todos os que desejam desdobrar-se na Somália a fazê-lo", declarou um representante ugandês presente nesta reunião ministerial.

Os líderes africanos, esperados para a cimeira sobre a crise alimentar na região, vão discutir um plano de segurança para facilitar a distribuição da ajuda na Somália.

Mas um responsável das Nações Unidas, presente nas discussões, advertiu contra a militarização dos socorros de emergência na Somália.

Catherine Bragg, secretária adjunta das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, declarou que os trabalhadores das agências humanitárias cobriram mais pessoas graças a meios civis e que os esforços de assistência devem manter o seu carácer civil.

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